sexta-feira, 14 de maio de 2010

Missa Afro em Ilicínea




     Em 12 de maio de 2010, padre Antônio Claret de Carvalho celebrou uma Missa especial, na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida de Ilicínea, comemorando os 122 anos da Abolição da Escravatura no Brasil. Foi uma Celebração emocionante e muito alegre, com dois momentos marcantes: o Pai Nosso cantado e a Coroação de Nossa Senhora de Fátima. Outro detalhe que chamou a atenção foi a alegria do padre durante a Celebração Eucarística. É importante ressaltar que o pároco Antônio Claret, se preocupa muito com a valorização da Cultura Afro. A Missa Afro foi animada pelo coral afro ¨Filhos de Ifᨠdo MAI.
      O MAI, Movimento Afro Ilicinense, surgiu em Ilicínea em 2005, com o objetivo de valorizar e difundir a cultura Afro na cidade. A idéia de formalizar o Movimento partiu depois que alguns integrantes do Moçambique e Congada de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (dentre eles músicos, capoeiristas e integrantes de teatro), participaram da Semana da Consciência Negra em Alfenas no ano de 2004. O MAI se destaca em três modalidades: na dança da capoeira, no coral afro ¨Filhos de Ifá e no futebol. No futebol o MAI, foi campeão Municipal de Ilicínea em 2008, e em 2010, foi campeão do torneio do Hospital do Câncer de Barretos, realizado na Comunidade Jacutinga no município de Guapé. O MAI transformou-se em uma associação com o nome de AMAI (Associação do Movimento Afro Ilicinense), no dia 25 de março de 2010. Neste dia, reuniram-se fundadores do Movimento, à rua Treze de Maio número 394, no bairro Rosário em Ilicínea, formalizando assim a Ata de Fundação, eleição, posse e aprovação do Estatuto. O jovem Reinaldo Amaral Andrade foi eleito primeiro presidente da AMAI. Fadel Geraldo da Silva foi um grande incentivador em transformar o MAI em uma Associação.
      A Missa Afro em Ilicínea relembrou 13 de Maio de 1888, dia em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea que aboliu oficialmente o trabalho escravo no Brasil. A escravidão no Brasil foi marcada por um estado de permanente violência e exploração dos escravos negros vindos da África pelos brancos de nosso país. Desde os tempos coloniais, os escravos negros reagiram e lutaram contra a dominação dos brancos, através da recusa ao trabalho desumano, de rebeliões, de fugas e formação de quilombos. Em território brasileiro, a escravidão vigorou por cerca de três séculos, do início da colonização à assinatura da Lei Áurea. Ainda hoje, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo há formas de trabalho semelhantes à escravidão, que comprometem a dignidade humana, e nós cristãos comprometidos com a justiça, devemos denunciar tais acontecimentos e questionar as autoridades governamentais e religiosas no sentido de tomar iniciativas para que a abolição da escravatura se torne uma verdade absoluta.
Matéria de Vítor Eugênio.
Fotos de Lucinea Santos.

2 comentários:

  1. achei excelente matéria parabéns!!!!!

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  2. quanta riqueza cultural nesse evento, parabens aos organizadores e acima de tudo parabens ao pároco por abrir espaço para um momento tão importante e uma data tão marcante e claro, parabens oa quem escreveu essa matéria, mostrando a todas as pessoas as riquezas culturais de Ilicinea e de seu povo.

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