terça-feira, 28 de setembro de 2010

Contos de meu avô


  A primavera chegou e as flores começaram a se abrir como um lindo espetáculo da natureza, mas o homem continua destruindo tudo principalmente   com as queimadas como mostra nossa fotografa do blog  Lucinea Santos. Finalmente veio o período de chuvas que  chegou nessa segunda-feira dia 27 de setembro para salvar os estragos feitos pelos homens. Lucinea conseguiu também umas fantásticas fotos  de maritacas que  invadiram Ilicínea e tomaram posse do forro da Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida, de porcos no sítio e fragou  queimadas desnecessárias que prejudicam a natureza e afetam a saúde e o bem estar  do ser humano. Ela  registrou momentos que me fez viajar ao passado e lembrar de meu avô, Ladislau Batista de Oliveira(Lau Tura) com as fantásticas estórias antigas que precisam ser reproduzidas para que não fiquem no esquecimento.

  Vou relatar três  contos de meu avô: - Dizia ele que certa vez precisou atear fogo nas pastagem  nesta época, como fazem nos dias de hoje como meio de economizar mão de obra, mas um fato estranho aconteceu, o fogo além de atingir as matas com muita intensidade invadiu as terras do vizinho do outro lado do rio. Seria o ventou que levou faíscas, ou um mistério já que do outro lado ninguém teria usado o fogo com esta finalidade? - Outro caso estranho foi o desaparecimento dos porcos de seu sitio  que  foram encontrados  do outro lado do rio. Confusos ficaram na dúvida se os porcos teriam capacidade de nadar. Ai  descobriram. No fundo da  horta tinha um pé de mandioca  que foi crescendo e ultrapassou o outro lado do rio. Os porcos foram comendo a raiz e fizeram um túnel que servia de caminho para tal façanha.

     O conto mais interessante, é uma verdadeira parábola que virou uma canção. Comentou que certa vez  um  capataz levou para floresta um menino suspeito de roubar o patrão dele. Chegando lá   obrigou o garoto a cavar um buraco. Depois de pronto ele disse: agora vou te matar e enterrar neste buraco. O menino desesperadamente pedia para não fazer  tamanha maldade com ele. O homem do  mal disse ao garoto: -  eu te mato, enterro  e ninguém vai descobrir. O menino disse: _olha aquela Maritaca ela é minha testemunha. O capataz ignorou o garoto dizendo que Maritaca apenas repete, em seguida  assassinou cruelmente o menino e foi embora  para uma cidade grande. Muitos  anos depois este  homem  descansava num jardim, ao ver uma  maritaca, falou em voz alta:  - Aquela vez eu matei aquele menino e disse a ele que ninguém ia descobrir e não descobriu mesmo. Ele nem percebeu que o jardineiro ouviu a confissão dele e chamou a polícia. O  velho homem do mal foi preso ao confessar tamanha atrocidade. Por mais que o tempo passa, agente descobre tudo, então se você não quer que ninguém saiba, não faça.


  Matéria de Vítor Eugênio.
Fotos: Lucinea Santos.

Um comentário:

  1. Mais uma vez me surpreendi com sua história rica em criatividade, é muito bom saber que nos momentos de lazer consigo captar algumas fotos que se tornam úteis para uma boa causa, em breve trarei mais novidade para enriquecer nossa cultura e de todos aqueles que acessam esse bolg. Parabens mais uma vez pela criatividade.

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